domingo, 10 de julho de 2011

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

V. de Moraes

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Pouco importa, venha a velhice. Que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação. Pois se de tudo fica um pouco, por que não ficaria um pouco de ti? No trem que leva ao norte, no barco, nos anúncios de jornal, um pouco de ti em Londres, um pouco de ti algures? Na consoante? No poço? Por que és tu. Quem, com apenas duas mãos, reproduziria o sentimento do mundo? Quem, com tanta serenidade, ficaria sentado, contemplando um mar de pessoas na calçada? Quem suportaria o frio das madrugadas, ouvindo o som manso das ondas que se quebram, sem poder, ao menos, molhar a barra da calça? Quem deixaria que lhe levassem os óculos, uma, duas ou tres vezes, sem perder o foco? Quem seria capaz de morrer de amor e, ainda assim, permanecer imortal?"

Drummond

quinta-feira, 7 de julho de 2011

É como um soco na tua cara, pra lembrar que a vida continua meu caro. Queira ou não queira, ela continua. É... ela realmente continua, enquanto tu permanece aí.

Tabatha Pradier

quarta-feira, 6 de julho de 2011

"A noite ultrapassou a si mesma, encontrou a madrugada, se desfez em manhã, em dia claro, em tarde verde, em anoitecer e em noite outra vez. Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora." CFA

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sempre tive calma, fui tranquila. Eu pensava, "ah, logo passa, deixa estar". Eu sei, nunca fui das melhores. Sempre tive uma impaciência incontrolável em certos momentos, sempre chego chegando no teu coração e grito alto pra tu saber que é minha.
Então, pra quê, me diz se tu vê, o quão presente eu estive, o que não vale a pena manter.
E como dizia Jobim: "É o vento ventando, é o fim da ladeira(...)".

Tabatha Pradier.