Durante um ano, ou até dois talvez, era como se um círculo de fogo se fechasse ao redor de mim, e brasas me queimassem deixando as feridas surperficiais mais doloridas de toda a minha vida. E quem disse que superficialidade não dói, sem enganou meu caro. Não há coisa pior que estar nas nuvens buscando o impossível enquanto há alguém com os pés cravados no chão, brincando contigo como se brinca com pipa.
Ela costumava enumerar todas as razões para que eu acreditasse o quão idiota eu era, por me sentir num conto de fadas. E eu tentava explicar que eu criara um castelo, só nosso. Enquanto ela dizia: acorda, é vida real - e continuava, me puxando e soltando no ar, me deixando desnorteada. Até que um dia aprendi, a corda arrebenta. Arrebentou.
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